segunda-feira, 8 de junho de 2009

positivismos, negativismos

Acho que vou recordar com saudade as aulas de bioq II laboratoriais deste semestre. Durante 3 horas havia sempre pouco que fazer sem ser pipetar reagentes para dentro de eppendorfs (tubinhos de ensaio piquenos) e esperar que as coisas "macerassem" na estufa. Então durante essas horas eu e o Mário dedicavamo-nos a tirar a barriga de misérias em termos de conversa (era isso ou adormecer, aulas das 8h-11h são atrozes). Frequentemente as nossas discussões envolviam a turma e até a própria Professora, para nosso enorme espanto inicial (geralmente não se dão ao trabalho de reconhecer que somos mais que larvas, quanto mais dotados de inteligência e personalidade próprias).

O nosso tema preferido é e sempre foi música. Não que tenhamos grandes pretensões de dominarmos a matéria (de longe mesmo no meu caso), apenas apreciamos bons (na nossa opinião, que até é semelhante) trabalhos. Dedicavamo-nos também a falar mal daquilo que achávamos de pouca qualidade com a ironia característica. Valeu-nos assim a alcunha de mal-falantes e de negativistas por parte da Professora, os colegas concordaram prontamente (obrigadinha).

Até ao dia em que estávamos novamente numa conversa divagante e a senhora intervém dizendo que ninguém é feliz. Fiquei chocada. Como é que alguém que tem um emprego, uma família e até faz aquilo que ama pode dizer que ninguém é feliz! Eu acrescentei que eu sou feliz. Posso queixar-me (sempre), posso falar mal e estrebuchar, mas sou feliz, tenho uma família que adoro e me adora a mim também, tecto e tudo o que preciso, amigos que se importam comigo, inteligêcia suficiente (embora um pouquinho mais fosse sempre bem-vinda, há alturas em que me sinto muito burra), estou a estudar o que sempre quis.

Digam-me, não serão estas condições tudo o que é preciso? Muitas pessoas contentam-se com as duas primeiras. Há pessoas que são felizes sem nenhuma. Olhem à volta e vejam a miséria, vejam o mundo com todo o seu egoísmo e idiotice. Olhem agora para dentro...terei tudo para ser feliz? Vão ver que a resposta na maoria dos casos é sim. O que é que vos falta? Pensem como uma pessoa feliz, não se importem com o que gostariam que acontecesse ou que possuíssem e sim com o que acontece e possuem.

Quem é a negativista agora?

Mia

3 comentários:

Cabeça Laranja disse...

as profs de bq já tiveram mais juizo...
os colegas da fful já foram melhores
as pessoas com razao, essas apesar de poucas, continuam a existir

Cabeça Laranja disse...

a prof de bq II ja teve melhores humores
os colegas da fful ja se sabe como sao
e as pessoas com razao essas apesar de poucas continuam a existir!

Gonçalo disse...

uhmmmm não pega o discurso :P

Continuas a ser a minha negativista preferida :P

eheh **