quinta-feira, 10 de junho de 2010

É rock português concerteza!

Ora os rapazes mais famosos de Queluz voltam neste 2010 com um novo álbum: "Pequeno almoço continental", segundo álbum lançado pela major Universal. Gravado em poucos dias nos estúdios de Pedro Abrunhosa, acordando de frente para o mar, que inspirou este álbum (o mar, não o Pedro Abrunhosa, porque isso seria medonho).


Quem estava à espera de ouvir um sucessor semelhante ao "Magnífico Material Inútil", que se desengane (como eu me desenganei) porque meus senhores, eles saíram da cave da Igreja de Queluz. Há quem saia do armário, há quem saia da cave e deixe para trás o som cru e genuíno. Neste álbum nota-se um maior trabalho de estúdio, com uma grande presença de teclas e riffs mais melódicos.

Pode dizer-se que se trata de um álbum "de verão" com músicas leves e trauteáveis como "São Torpes não é St. Tropez" (que me traz reminescências adolescentes de Sum 41 com vocalistas a intercalar versos entre eles), "Se o variações fosse meu barbeiro" (que já estou a ver as multidões a gritarem por concertos neste país fora). No total, 10 músicas, um disco curto, como disse Jónatas Pires à Blitz "ninguém tem paciência para ouvir discos longos hoje em dia". É um pouco verdade, mas infelizmente deixa aquela sensação no fim do álbum de que queríamos mais.

No entanto, as "witty catchy lines" felizmente, mantêm-se como marca desta jovem banda. O primeiro single "Rei-bã" já mexe por todo o lado, e faz-me lembrar um pouco uma crítica que ouvi a um dos últimos álbuns dos Franz Ferdinand que dizia algo como "é a música que ouves enquanto te estás a vestir para sair à noite".

Ainda estou a tentar decidir se gosto mais desta mudança, ou do álbum antigo, mas suspeito que será a banda sonora deste verão.

Mia

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